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Surgiu-me à dias esta questão:
Quantas ALMAS nos pertencem ou a quantas ALMAS nós pertencemos?

pois é hoje chegou o momento de pensar no amanha!
Como pensar no amanha? procuro algumas linhas, rumos, sentimentos, emoçoes e .......
Percebo que o nosso amanha depende sempre do hoje que com o caminhar do tempo o nosso hoje transforma-se sempre no amanha!
Enfim acredito que o meu amanha sera sempre decidido no hoje!

Há já algum tempo os desabafos desta alma não são escritos. Não quer dizer que estejam calados, ou adormecidos na mais profunda calma....a verdade é que damos por nós sem tempo ou vontade para ouvir os nossos próprios desabafos.
Já lá vai o tempo em que o primeiro desabafo nos fazia querer mudar o mundo! Calámos as vontades e acomodámo-nos à vivência. Não quer dizer que não acreditemos naquilo de pensamos, apenas nos habituámos ao sentimento chato de ter sempre alguma coisa para dizer e pouca coisa para concordar "...é de esquerda!.." á quem o diga, e é nessa altura que soltamos mais uma das nossas gargalhas e os nossos desabafos se diluem como açúcar num copo de água.....num doce golo de água...
Já não ‘comanda-mos tropas’ nem ‘orienta-mos generais’, já não ficamos a ouvir o eco dos nossos desabafos no espírito dos outros......é assim que eu me calo, que tu te calas e que se calam todos aqueles com os quais nos cruzamos de manhã connosco na ida para o trabalho.
Talvez isto não passe de uma epidemia, ahahaha, tinha piada..........um surto que está a assolar o mundo ahahah! Os sintomas são fáceis: tonturas nos pensamentos, vómitos secos sem qualquer palavra, prurido na vontade e o mais doloroso silêncio que nos percorre o corpo, desde a ponta do pé. Não sei se existe cura, pelo menos não há vacina, nem antibiótico, nem qualquer outro tipo tratamento, que se conheça até agora. Questiono-me se será realmente uma epidemia, que progride de forma avassaladora, ou não passa de uma doença crónica que já nasce com cada um de nós......
Nunca o iremos descobrir pois nunca iremos soltar o mais breve desabafo sobre os seus sintomas. É a mais profunda ironia, ao fim e ao cabo, nunca iremos falar daquilo que não falamos.

É esse o dia de hoje

...

COMENTARIO: E qual é o limite entre as nossas expectativas individuais e aquelas que afectam as pessoas que estao à nossa volta?


Não creio que a nossa errante mente consiga traçar sequer uma fronteira imóvel entre perspectivas pessoais e as perspectivas que continuamos a remeter na aqueles que connosco se cruzam.

‘Seria hipócrita não admitir que tenho perspectivas para ti que convives comigo o dia inteiro, aliás até já imaginei o que vais dizer ao Brás quando ele te perguntar sobre os a análise dos terrenos que ele deveria ter feito....bem que merecia que lhe apontasses o dedo por falta de respeito e companheirismo...’
‘Seria hipócrita não admitir que as minhas convicções pessoais condicionam a tua maneira de ser. Claro está que não podes dizer que não, não agora que já marquei a viagem dos meus sonhos e que espero que se torne também na tua viagem de sonho....’

Que povo egoísta somos nós afinal? Que tipo de consciência consciente nos permite traçar essa mesma fronteira, isolando os nossos males e defeitos numa caixa de pandora? A verdade é que não sei....contínuo a admitir a mais fiel culpa das minhas expectativas...contínuo a admitir a mesquinhez que por vezes elas podem representar e contínuo a buscar a mais ténue linha que me permita distinguir as minhas das tuas perspectivas.
Os moralismos não me convencem. Quem já não ouviu a célebre “quem não errou, que atire a primeira pedra...”. Quem inventou uma frase tão forte, certamente que estaria bem certo de si mesmo. Assim, quando me perguntas acerca ‘do limite entre as nossas expectativas individuais e aquelas que afectam as pessoas que estão à nossa volta’, fico totalmente desarmada e comum se o suspiro se torna-se em desabafo digo-te que não sei. Não sei se existe limite, não sei onde está esse limite, nem porque ele existe, não sei quem és, nem se te quero conhecer, não sei se te agradeça pela pergunta, ou me preocupe com a resposta, não sei se as minhas perspectivas são as tuas, ou se as tuas são as minhas perspectivas.