Em resposta ao post anterior "Gerir expectativas".
Concordo em parte com tudo o que foi dito aqui.
Apenas acho que ninguém nos tem que ensinar nada. A adaptação tem que passar por nós como individuos. Todos os desafios de que um mundo/economia global nos trás enquanto cidadãos são enormes, mas enorme é também o nosso potencial de crescimento como pessoas que lhe está associado. Nunca foi tão fácil como hoje viajar, contactar com pessoas de diferentes nacionalidades, aprender! Mas o que fazemos nós, e quando digo nós, refiro-me (e continuando a responder ao post) ao povo português em concreto, ficamos em casa, sentadinhos a frente da televisão a ver mais uma telenovela da TVI, ou um Big Brother ou afins. Tenho consciencia de que viajar ou muitas outras experiencias não é para a carteira da maior parte da população portuguesa, mas há televisão, jornais, revistas, internet, falar, conviver! Um sem fim de maneiras alternativas que os meus pais nunca tiveram, e que a nossa geração desperdiça.

Quanto à participação, todos deviamos ser mais participativos! O sistema está cheio de artimanhas para nos fazer pensar que o não pensar é o melhor, mas nunca o é!
Toda esta história de sociedade consumista, sem interesse por nada a não ser pelas novas tendências da moda ou novidades tecnológicas foi uma criação de empresas e politicos nos EUA e Europa, que após a 2ª Guerra Mundial, necessitavam de uma maneira de impulsionar novamente a economia mundial! E que maneira tão boa!
O problema e que hoje em dia, como os Chineses e Indianos e restantes países emergentes querem viver ao nosso nível, os recursos não são suficientes e a "crise" acorda as pessoas para a realidade de um modelo económico que não é sustentável...e ai meu amigo pensamos, e questionamos e revoltamo-nos porque a nossa vidinha é abalada. E a melhor fase para mudar...
E é neste contexto que a nossa geração vai ser essencial. Já nos chamaram de "rascas", viraram-nos as costas, mas temos que ter forças para mudar o mundo!

Acordar é o que nos faz falta! Pensar é o que precisamos.

Sem comentários: